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Capacidade de Escuta: Saber ouvir e compreender as necessidades, demandas e possibilidades daqueles que precisam dos serviços do Conselho Tutelar.
Não permitir que os preconceitos, o paternalismo ou a fácil padronização de atendimentos impeçam o correto entendimento de uma situação pessoal e social específica.
Cada caso é um caso. Cada pessoa é uma pessoa. E tem direito a um atendimento personalizado, de acordo com suas particularidades. .
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Dicas |
- Definir horário para atendimento.
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- Atender em local reservado, garantindo a privacidade das pessoas.
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- Ouvir com serenidade e atenção a situação exposta.
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- Em caso de dúvida, procurar saber mais.
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- Fazer perguntas objetivas.
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- Registrar por escrito as informações importantes.
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- Orientar as pessoas com precisão. De preferência, por escrito.
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- Usar linguagem clara e orientações escritas.
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Capacidade de Interlocução: Saber conversar com o outro, expor com clareza suas idéias e ouvir com atenção as idéias do outro.
O contato com os cidadãos e com as autoridades públicas e privadas que podem trazer soluções para suas demandas deve ser sereno, conduzido em linguagem respeitosa. É imprescindível o uso de argumentos racionais e informações precisas.
Não permitir a "dramatização" de situações para impressionar ou intimidar as pessoas. Conversar para entender, fazer entender e resolver.
Dicas |
- Organizar com antecedência a conversa:
| O que se quer alcançar.
Como conseguir.
Com quem conversar.
Como conversar / Quais argumentos utilizar. |
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- Marcar com antecedência o horário para a conversa. Ser pontual, educado e objetivo.
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- Ilustrar os argumentos, sempre que possível, com dados numéricos ou depoimentos objetivos das pessoas diretamente envolvidas na situação em discussão.
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- Registrar por escrito os resultados da conversa.
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Acesso a Informação: Saber colher e repassar informações confiáveis. É importante que o maior número de pessoas tenha acesso a informações úteis para a promoção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes.
É um erro reter informações, bem como divulgá-las incorretas ou de procedência duvidosa (boatos), podendo induzir as pessoas a erros de juízo e de atuação diante dos fatos.
Incentivar a circulação de informações de qualidade. Combater a circulação de boatos, preconceitos, disse-que-disse.
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Dicas |
- Buscar informações diretamente no lugar certo.
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- Confirmar a correção da informação.
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- Divulgar as informações de interesse coletivo.
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- Buscar meios criativos para divulgação das informações: jornais; boletins; murais; cartazes; programas de rádio; missas; serviços de alto-falantes; carros de som; reuniões.
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Acesso aos Espaços de Decisão: Saber chegar às pessoas que tomam decisões: prefeitos, secretários, juízes, promotores, dirigentes de entidades sociais e serviços de utilidade pública.
Ir até uma autoridade pública, e buscar junto a ela soluções para um problema comunitário, é um direito inerente à condição de cidadão e de conselheiro.
Não permitir que esse tipo de contato seja intermediado por "padrinhos" ou "pistolões" e transforme-se em "favor".
Dicas |
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- Registrar por escrito os resultados da audiência/reunião
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Capacidade de Negociação: Saber quando ceder ou não ceder frente a determinadas posturas ou argumentos das pessoas que tomam decisões, sem que isso signifique deixar de lado o objetivo de uma reunião ou adiar indefinidamente a solução de uma demanda comunitária.
Numa negociação é fundamental que as partes se respeitem e não se deixem levar por questões paralelas que desviem a atenção do ponto principal ou despertem reações emocionais e ressentimentos.
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Dicas |
- Utilizar plenamente sua capacidade de interlocução.
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- Ter claro o objetivo central da negociação.
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- Identificar, com antecedência, os caminhos possíveis para alcançar seu objetivo central, a curto, médio e longo prazos.
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- Prever os argumentos do seu interlocutor e preparar-se para discuti-los.
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- Ouvir os argumentos do seu interlocutor e apresentar os seus contra-argumentos, com serenidade e objetividade.
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- Evitar atritos, provocações, insinuações e conflitos insuperáveis.
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- Usar de bom senso, sempre.
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Capacidade de Articulação: Saber agregar pessoas, grupos, movimentos, entidades e personalidades importantes no trabalho de promoção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes, que é coletivo, comunitário, obrigação de todos.
É fundamental agir com lucidez e pragmatismo, buscando fazer articulações, alianças e parcerias (transparentes e éticas) com todos que estejam dispostos a contribuir e somar esforços.
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Dicas |
- Identificar e conhecer pessoas, grupos, movimentos comunitários e personalidades da sua comunidade, do seu município.
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- Apresentar-lhes os trabalhos e atribuições do Conselho de Direitos.
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- Apresentar-lhes formas viáveis de apoio e participação.
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- Negociar para resolver, para agregar.
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Administração de Tempo: Saber administrar eficientemente o tempo permitirá ao conselheiro um equilíbrio melhor entre a vida profissional e pessoal, melhorando a produtividade e diminuindo o estresse.
O tempo é um bem precioso – talvez o mais precioso do ser humano – dado o seu caráter de recurso não renovável. Uma oportunidade perdida de utilização do tempo com qualidade não pode ser recuperada.
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Dicas |
- Organizar os postos de trabalho (sala, mesa, arquivos etc.). Dar outra utilidade (doar, remanejar) ao que não tem mais serventia no seu posto de trabalho e jogar fora tudo o que é imprestável.
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- Melhorar o sistema de arquivamento. Arquivar tudo aquilo que não é de uso constante.
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- Guardar as coisas (materiais, documentos etc.) de uso constante em locais de rápido e fácil acesso.
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- Reorganizar os postos de trabalho ao final de cada dia. Não deixar bagunça para o dia seguinte.
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- Identificar os pontos críticos de desperdício de tempo e buscar superá-los com um melhor planejamento e com mais objetividade.
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- Não abandonar os momentos de lazer e as coisas que gosta de fazer. Eles são fundamentais para preservar sua saúde mental.
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- Utilizar o tempo disponível para a capacitação profissional: ler, estudar, adquirir novas habilidades e informações.
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Reuniões Eficazes: Saber organizar e conduzir reuniões de trabalho é vital para o dia-a-dia do Conselho Tutelar. É importante fazê-las com planejamento, objetividade e criatividade.
Quando bem organizadas e conduzidas, as reuniões tornam-se poderosos instrumentos de socialização de informações, troca de experiências, decisões compartilhadas, alinhamento conceitual, solução de conflitos e pendências.
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Dicas |
- Confirmar primeiro a necessidade da reunião.
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- Definir uma pauta clara, curta e objetiva.
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- Dimensionar o tempo necessário para o equacionamento da pauta. Evitar reuniões com pautas imensas e, consequentemente, longas, às vezes intermináveis.
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- Ter clareza de quem realmente deve participar da reunião. As demais pessoas poderão ser informadas ou ouvidas de outras maneiras. Fazer reuniões e não assembléias.
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- Informar aos participantes da reunião, com antecedência: pauta, horário, local, data, tempo previsto para reunião.
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- Começar a reunião na hora marcada. Não esperar retardatários. Criar disciplina.
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- Controlar o tempo da reunião, das exposições, dos debates. Buscar concisão.
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- Zelar pelo direito de participação de todos. Incentivar a participação dos mais tímidos, sem forçá-los a falar.
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- Evitar conversas paralelas. Combater a dispersão.
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- Fazer, ao final de cada reunião, uma síntese do que foi tratado e decidido. Registrar e socializar os resultados.
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Elaboração de Textos: Saber comunicar-se por escrito é fundamental para um conselheiro. É preciso clareza, linguagem correta, objetividade e elegância na elaboração de textos (relatórios, ofícios, petições etc.).
Não é preciso – e está fora de moda – o uso de linguagem rebuscada, cerimoniosa, cheia de voltas. Ser sucinto e ir direto ao assunto são qualidades indispensáveis.
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Dicas |
- Ter claro o objetivo e as informações essenciais para elaboração do texto.
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- Fazer um pequeno roteiro para orientar/organizar o trabalho de escrever.
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- Perseguir: clareza, ordem direta das idéias e informações, frases curtas.
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- Não dizer nem mais nem menos do que é preciso.
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- Usar os adjetivos e advérbios necessários. Evitar adjetivação raivosa e, na maioria das vezes, sem valia.
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- Combater sem tréguas o exagero e a desinformação.
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- Reler o texto: cortar palavras repetidas, usar sinônimos ou mudar a frase.
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- Evitar gírias, jargões técnicos, clichês, expressões preconceituosas ou de mau gosto.
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- Se a primeira frase do texto não levar à segunda, ele certamente não será lido com interesse.
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Criatividade Institucional e Comunitária: Saber exercitar a imaginação política criadora no sentido de garantir às ações desenvolvidas para o atendimento à criança e ao adolescente não apenas maturidade técnica, mas o máximo possível de legitimidade, representatividade, transparência e aceitabilidade.
Saber empregar de forma criativa os recursos humanos, físicos, técnicos e materiais existentes, buscando qualidade e custos compatíveis .
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Dicas |
- Organizar o trabalho: horários, rotinas, tarefas.
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- Trabalhar com disciplina e objetividade.
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- Buscar sempre o melhor resultado.
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- Prestar contas dos resultados à comunidade.
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- Buscar soluções alternativas quando as soluções convencionais se mostrarem inviáveis.
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- Incentivar outras pessoas a “pensar junto”, a se envolverem na busca de soluções para uma situação difícil.
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- Fundamentar corretamente as decisões tomadas, para assegurar um bom entendimento por parte de todos os envolvidos.
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- Criar um clima saudável no trabalho. Investir na confiança e na solidariedade.
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- Estudar. Buscar conhecer e trocar experiências.
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- Criatividade é aprendizado. Surge do encontro da percepção de todos. Seja um integrador. Seja atento e antenado com o que vai pelo mundo.
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